Os primeiros 15 representantes de diversos segmentos do universo cultural e artístico de Tubarão receberam nesta terça-feira (19), os certificados do Cadastro Cultural Municipal (CCM). Ele funciona como um documento oficial, junto ao município, que atesta a natureza de trabalho de seu portador e facilita, com segurança e transparência, o encaminhamento de diversas iniciativas ou obtenção de benefícios.
Os conceitos do CCM foram aprovados pela Câmara de Vereadores e o documento tem validade durante dois anos. O cadastro se torna um banco de dados oficial dos realizadores de iniciativas culturais e artísticas e um indicador de transparência para eventual captação de recursos públicos por parte dos artistas via município.
A professora de dança Ana Olímpio foi uma das pessoas que recebeu o certificado. Para ela, o sentimento é de alegria, por ter uma atenção maior voltada para o setor da cultura.
“Todos que estão aqui estão muito felizes em receber esse certificado. Nós sentimos que o setor da cultura está olhando com um pouco mais de carinho e atenção para quem participa dessa classe. É uma conquista para a cidade”, diz.
Como o universo artístico cultural de Tubarão é amplo, a emissão do CCM se torna uma iniciativa permanente. Quem tiver interesse em fazer parte dessa lista oficial, basta procurar a Fundação Municipal de Cultura, na Casa da Cidade, para iniciar os procedimentos necessários.
Para o prefeito Joares Ponticelli, a existência do cadastro destaca e valoriza os artistas ou agentes dos diversos movimentos culturais e afasta “aventureiros”.
“Esse cadastro é uma forma de organizar o setor. Os artistas têm de apresentar documentos e mostrar o que fazem, e com isso afastamos eventuais aventureiros, porque nas políticas públicas precisam ter acesso aqueles que efetivamente fazem cultura com responsabilidade. São vários segmentos organizados que com esse documento estarão habilitados a participar de todos os programas ou investimentos do município. E nós ficamos mais seguros de saber que o dinheiro público será aplicado de forma transparente”, comenta.
O diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura Carlos Zamparetti destaca que a ideia do CCM surgiu a partir de diversas dúvidas referentes a eventos e iniciativas que surgiram ao longo dos últimos anos.
“Por exemplo, em algum momento alguém nos procurava questionando qual espaço cultural estava disponível para locação, ou qual coral poderia se apresentar. E não tínhamos um cadastro oficial dessas atividades ou iniciativas. Quando surgiu a Lei Aldir Blanc muitas coisas tiveram de ser feitas às pressas porque não havia esse banco de dados, que agora começa através do Cadastro Cultural Municipal”, afirma.
