Condutor da lancha que naufragou e causou morte de três pessoas em Laguna vira réu
Foto: Redes Sociais

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) aceitou a denúncia e tornou réu o condutor da lancha que naufragou em janeiro deste ano no Canal da Barra, em Laguna. O acidente causou a morte de três pessoas, amigos do denunciado. Ele vai responder por triplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A decisão se baseia em um inquérito da Polícia Civil concluído em maio. A denúncia foi oferecida ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que se manifestou favorável ao procedimento. As informações são do G1SC.

A investigação concluiu que o condutor da lancha, um homem de 34 anos, natural de Tubarão, agiu de maneira imprudente. Segundo o inquérito, ele adotou manobra equivocada com a embarcação e foi surpreendido por uma série de ondas, as quais atingiram a lancha e ocasionaram seu naufrágio.

O condutor e mais três tripulantes foram resgatados com vida. Outros dois ocupantes morreram ainda no local do acidente. As vítimas eram o vereador de Caçador, no Oeste catarinense, Ricardo de Moraes Barbosa, de 46 anos, e um amigo da família, Deivid Fernandes, de 29 anos.

Um terceiro tripulante, Michel Ricardo de Moraes Barbosa, de 26 anos, filho de Ricardo, desapareceu e seu corpo foi encontrado apenas no dia 3 de fevereiro, em Passo de Torres, a cerca de 150 quilômetros ao sul de Laguna.

O MPSC fez a denúncia contra o homem e acrescentou os crimes de atentado contra a segurança de transporte marítimo e falsidade ideológica. Não foram divulgadas mais informações porque o caso está em segredo de justiça.

Em junho, a defesa do condutor de lancha que naufragou se manifestou contrária a conclusão do inquérito da Policia Civil e negou imprudência do denunciado. “O naufrágio que lançou os tripulantes ao mar, dos quais três infelizmente vieram a falecer, teve como causa preponderante uma inesperada ondulação que atingiu a lateral da embarcação. Nenhuma conduta humana contribuiu para o trágico acidente, tampouco havia condições de prevê-lo, sobretudo, como já dito, ante a ausência de qualquer espécie de sinalização no local”, afirmou em nota na época.