Reencontro: todos os abraços que a pandemia tomou
Foto: Reprodução UNITV

Já são quase dois anos de pandemia da covid-19. Desde março de 2020, muitos abraços foram poupados, como forma de garantir a segurança de todos. Esse foi o caso dos tubaronenses Victor Gusso e seu avô Lourival Cachoeira, que após cerca de 19 meses afastados, finalmente se reencontraram.

O Lourival tem 80 anos e sofre de um problema grave no pulmão. Por isso, no início da pandemia o neto, que trabalhou na linha de frente no combate ao coronavírus, decidiu que era melhor se manter afastado.

“No início da pandemia a gente acabou se afastando, devido ao problema de saúde do vô. A gente só se comunicava por chamada de vídeo, ligação, e às vezes eu vinha na frente da casa dele para dar um oi, mas não podia entrar para não correr riscos”, explica Victor.

Depois de mais de um ano e meio longe, avô e neto puderam novamente se abraçar neste mês de outubro. Agora, Lourival já está com o esquema vacinal completo, inclusive com a dose de reforço. Assim, pôde ver o neto e, em breve, o restante da família.

O avô reconhece que apesar da saudade, o esforço valeu a pena. “Foi difícil. Além dele tem também os outros netos e filhos, mas tínhamos que aguentar e passar por esse sacrifício para mais tarde não se arrepender”, diz.

Para compensar a saudade sentida, Victor voltou a morar na casa dos avós, e todos os abraços que não puderam ser dados durante os piores momentos da pandemia, vão poder ser dados agora.

“Sempre fui muito apegado a ele. Agora tudo se encaixou e está dando certo. Vou ficar direto aqui”, finaliza o neto.