Casos da síndrome mão-pé-boca são registrados em escolas de Tubarão
Foto: Ilustrativa

Vários alunos das escolas públicas e particulares de Tubarão foram acometidas pela síndrome mão-pé-boca, uma doença viral que tem grande poder de contágio entre as crianças em idade escolar, nas últimas semanas. O aparecimento de casos tem preocupado os pais e as autoridades de saúde do município.

Algumas unidades escolares passaram por um processo de desinfecção na semana passada. Em reunião realizada na última sexta-feira (27), as autoridades do munícipio fizeram uma avaliação da situação e solicitaram aos dirigentes escolas que redobrem os cuidados de higiene e avisem o surgimento de novos casos.

“Fizemos um alerta e pedimos a colaboração das escolas públicas e particulares para que possamos, de forma conjunta, vencer a doença sem a necessidade de fechar os estabelecimentos escolares”, salienta o diretor-presidente dada Fundação Municipal de Saúde (FMS), Daisson Trevisol.

As autoridades alertam aos pais que comuniquem, imediatamente, à Vigilância Epidemiológica, pelos números (48) 98861-6246 ou (48) 3622-5125, caso seus filhos apresentem os sintomas da doença. Na próxima quarta-feira (1º), gestores da Saúde e Educação e representantes das Vigilâncias Epidemiológica e Sanitária do município reúnem-se novamente para a avaliar a situação.

Sobre a doença

A síndrome mão-pé-boca é uma infecção de origem viral, sendo causada por diversos vírus, principalmente o Coxsackie. Costuma acontecer na forma de surtos, acometendo principalmente crianças que frequentam creches e escolas, especialmente os menores de cinco anos, mas também pode acometer raramente os adultos.

A transmissão se dá pelo contato fecal-oral, bem como o contato com secreções respiratórias, sendo o período de incubação usual de três a sete dias. A doença causa erupção da pele, sendo caracterizada pela presença de lesões vesiculares em mãos, pés e boca, quadro clínico clássico e de fácil diagnóstico, não sendo necessário nenhum exame diagnóstico complementar, porém atualmente têm sido descritas formas menos características.

Os principais sintomas são febre e mal-estar, úlceras orais causando dor na boca ou garganta e erupção geralmente avermelhada em mãos e pés. A resolução demora entre sete e 10 dias.

O tratamento inclui repouso, alimentação leve e boa ingestão de líquidos. A febre deve ser controlada com o antitérmico prescrito pelo médico. Além disso é importante informar aos familiares que a virose é autolimitada, ou seja, tem regressão espontânea.

Orientações

O risco de transmissão para a síndrome mão-pé-boca pode ser reduzido através das seguintes boas práticas de higiene:

  • Lavagem frequente e correta das mãos com água e sabão, especialmente após a troca de fraldas e de usar o banheiro;
  • Limpeza de superfícies e artigos incluindo brinquedos, primeiramente com água e sabão e, então, desinfetando com uma solução à base de água sanitária;
  • Evitar contato próximo (beijar, abraçar, dividir talheres e copos) com pessoas com doença mão- pé-boca;
  • Limitar a exposição das crianças doentes, mantendo as que apresentam sintomas afastadas da escola ou creche;
  • Não há vacina disponível até o momento;
  • As crianças deverão retornar à escola mediante autorização médica;
  • Se após o período de afastamento inicial o paciente ainda mantiver os sintomas da síndrome, o médico deve reavaliar o paciente e se necessário recomendar novo período de afastamento.
  • A escola deverá comunicar os novos casos imediatamente à Vigilância Epidemiológica do município de Tubarão, pelo fone (48) 98861-6246 ou (48) 3622-5125.