São Ludgero também registra casos da síndrome mão-pé-boca
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São Ludgero registrou nas últimas semanas vários casos da síndrome conhecida como mão-pé-boca. Alguns alunos do município foram diagnosticados com a doença e as secretarias de Educação e Saúde trabalham no controle e na prevenção. A Vigilância Epidemiológica solicita que novos casos sejam informados ao órgão pelo telefone (48) 3657-1474.

A Vigilância Epidemiológica alerta os pais que têm filhos frequentando as escolas sobre os sintomas, entre eles, a febre, podendo atingir temperaturas superiores a 39°C com o período de incubação da doença de três a seis dias. “A apresentação mais comum são as vesículas dolorosas na boca, nas mãos e nos pés, mas também podem estar presentes nas nádegas e genitais”, esclarece a enfermeira Maria Madalena Beltrame.

Segundo a secretaria de Educação, as crianças diagnosticadas com a doença estão se recuperando em casa.

O aparecimento de casos tem preocupado os pais e as autoridades de saúde da região. Na última semana, Tubarão também informou sobre a ocorrência da síndrome em alunos da rede pública e privada do município

Sobre a doença

A síndrome mão-pé-boca é uma infecção de origem viral, sendo causada por diversos vírus, principalmente o Coxsackie. Costuma acontecer na forma de surtos, acometendo principalmente crianças que frequentam creches e escolas, especialmente os menores de cinco anos, mas também pode acometer raramente os adultos.

A transmissão se dá pelo contato fecal-oral, bem como o contato com secreções respiratórias, sendo o período de incubação usual de três a sete dias. A doença causa erupção da pele, sendo caracterizada pela presença de lesões vesiculares em mãos, pés e boca, quadro clínico clássico e de fácil diagnóstico, não sendo necessário nenhum exame diagnóstico complementar, porém atualmente têm sido descritas formas menos características.

Os principais sintomas são febre e mal-estar, úlceras orais causando dor na boca ou garganta e erupção geralmente avermelhada em mãos e pés. A resolução demora entre sete e 10 dias.

O tratamento inclui repouso, alimentação leve e boa ingestão de líquidos. A febre deve ser controlada com o antitérmico prescrito pelo médico. Além disso é importante informar aos familiares que a virose é autolimitada, ou seja, tem regressão espontânea.

Orientações

O risco de transmissão para a síndrome mão-pé-boca pode ser reduzido através das seguintes boas práticas de higiene:

  • Lavagem frequente e correta das mãos com água e sabão, especialmente após a troca de fraldas e de usar o banheiro;
  • Limpeza de superfícies e artigos incluindo brinquedos, primeiramente com água e sabão e, então, desinfetando com uma solução à base de água sanitária;
  • Evitar contato próximo (beijar, abraçar, dividir talheres e copos) com pessoas com doença mão- pé-boca;
  • Limitar a exposição das crianças doentes, mantendo as que apresentam sintomas afastadas da escola ou creche;
  • Não há vacina disponível até o momento;
  • As crianças deverão retornar à escola mediante autorização médica;
  • Se após o período de afastamento inicial o paciente ainda mantiver os sintomas da síndrome, o médico deve reavaliar o paciente e se necessário recomendar novo período de afastamento.