O novo coronavírus deixou marcas em muitas pessoas, como naquelas que tiveram alguma sequela depois de contrair a doença. A revista científica The Lancet publicou em janeiro deste ano um estudo, onde mostra que 76% dos pacientes que foram internados por covid-19, apresentaram sequelas seis meses depois de ter alta.
Pensando em ajudar a população, independente de ter sido internado pela doença ou não, o curso de medicina da Unisul iniciou um projeto ainda em 2020: o Ambulatório de Reabilitação Pós-covid. No mês de setembro, o local completou um ano de funcionamento.
Os atendimentos na clínica são para os pacientes encaminhados pelos hospitais, unidades de saúde, ou para aqueles que vão até a universidade agendar uma consulta. Os alunos dos cursos da Saúde trabalham juntos, buscando devolver a vida normal aos que foram afetados pelo vírus.
“Nós fazemos primeiro o acolhimento e depois o encaminhamento. Os encaminhamentos são feitos de acordo com as comorbidades e sequelas. Eles podem ir para a psicologia, fisioterapia, para a própria medicina, para odontologia, nutrição, tudo depende da situação do paciente”, explica a professora de medicina e uma das coordenadoras do projeto, Adriana Elias.
O Pedro dos Santos, de 70 anos, foi um dos pacientes do ambulatório nesta terça-feira (05). Ele conta que contraiu covid-19 em março, e depois de recuperado percebeu que teve sequelas. “Eu fiquei com tontura. Nunca tive isso, e agora por qualquer coisa fico tonto”, diz.
Assim como Pedro, outros pacientes que tiveram sequelas depois de contrair o vírus podem procurar por atendimento no prédio de Clínicas Integradas da Unisul. De acordo com a coordenadoria, o projeto, além de ser importante para o estudo e desenvolvimento dos alunos, também tem se mostrado indispensável à população.
“Os pacientes acabam saindo perdidos do hospital, com muitas sequelas. E aqui recebem o acolhimento e o tratamento necessário”, finaliza a coordenadora.