HNSC tem 150 profissionais afastados por doenças respiratórias
Foto: Divulgação HNSC

O Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, informou que, até esta quarta-feira (19), 150 profissionais de saúde estão afastados por suspeita e/ou confirmação de contaminação por covid-19 e influenza, sendo 57 deles da área assistencial, que trabalham diretamente com os pacientes. Os afastamentos acontecem junto a um aumento no número de pacientes internados.

A média de atendimento no setor por doenças respiratórias continua alta e, de acordo com a direção, com a redução de profissionais, isso tem impactado ainda mais no tempo de espera dos pacientes.

Além dos atendimentos, os números das internações por doenças respiratórias também dobraram de janeiro em relação a dezembro, se for analisado até o dia 17 deste mês. Ou seja, os pacientes internados em todo o mês de dezembro, já se igualam aos números de janeiro.

“A instituição está lidando, ao mesmo tempo, com a falta de profissionais afastados por terem contraído covid/influenza e o pronto-socorro cheio”, ressalta o diretor técnico, Dr. Eduardo Ali Dominguez. “Esta é uma realidade em todos os serviços de saúde do país. Nem no pico da segunda onda, por exemplo, nós tivemos tantos colaboradores afastados ao mesmo tempo”, afirma.

Emergência

Em meio ao cenário, a direção do hospital pede aos pacientes que façam o uso correto da emergência, e que procurem o HNSC somente quando for apresentado sintomas graves de doenças respiratórias.

“Em casos leves, utilizem as Unidades Básicas de Saúde e a Policlínica. Isso serve para as gestantes também, caso precisem de atendimento. Só venha até o hospital em casos mais graves, garantindo sua própria segurança”, pede o diretor técnico.

Suspensão de cirurgias eletivas

O HNSC também suspendeu, por tempo indeterminado, as cirurgias eletivas, mantendo somente as de urgência/emergência e as de tempo sensível como oncologia e cardiologia. Segundo a instituição, o afastamento dos profissionais de saúde obrigou o hospital a tomar esta decisão, como forma de manter a qualidade e segurança nos atendimentos.

“Hoje, além da realidade da covid-19, nosso maior público são casos não covid, principalmente de alta complexidade, que estão represados há quase dos anos, impactando nossa estrutura de atendimento. Realidade que fez com que os leitos de UTI covid-19 junto à Secretaria de Saúde não fossem renovados, pois precisamos dedicá-los às cirurgias de alta complexidade reprimidas. Hoje os pacientes que necessitam de internação intensiva para a covid-19, estão sendo direcionados para hospitais da região, com leitos credenciados”, finaliza Eduardo.