Jaguaruna, Sangão e Treze de Maio estão com focos de raiva
Foto: Divulgação

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) de Tubarão emitiu um alerta para focos de raiva encontrados em municípios da região Sul de Santa Catarina. Nas ações de monitoramento realizadas pelo órgão, foram localizados focos de morcegos da espécie Desmodus rotundus, conhecidos como morcegos hematófagos (morcegos vampiros), em Jaguaruna, Sangão e Treze de Maio.

A raiva é uma doença que afeta o sistema nervoso central, transmissível dos animais para humanos, de evolução fatal e não tem tratamento. Na área rural, o principal transmissor da raiva para herbívoros é o morcego hematófago.

O médico veterinário da Cidasc de Jaguaruna Agnaldo da Silva Serafim, e os profissionais Gerson Barbosa da Rosa e Júlio Fortes Matos estiveram em visita aos locais previamente cadastrados no município de Sangão. Nas armadilhas instaladas foram capturadas alguns espécimes do morcego hematófago, os quais foram submetidos à aplicação de pasta, intitulada “vampiricida”, cujo objetivo é manter o controle populacional. 

“Mais importante ainda que as ações de controle populacional, é a vacinação dos animais”, reforça Agnaldo, em alerta aos produtores rurais de Sangão, Treze de Maio e Jaguaruna.

Morcegos

O morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus é o responsável pela transmissão da raiva para os herbívoros, portanto jamais coloque a mão em um morcego mesmo que ele esteja imóvel e aparentemente morto. O médico veterinário da Cidasc e responsável pela Coordenação Estadual de Controle da Raiva e Vigilância para Encefalopatias Transmissíveis (Ceret) em Santa Catarina, Fábio de Carvalho Ferreira ressalta que “as espécies de morcegos hematófagos e não hematófagos são protegidos por lei e seu manejo e controle caracteriza crime ambiental. Por isso, somente profissionais capacitados da Cidasc podem intervir em colônias de morcegos em área de risco para a raiva, porque são capazes de diferenciar as espécies de morcegos em um abrigo”, afirma o médico veterinário. Em caso de acidente com um desses animais, o posto de saúde mais próximo, relate o ocorrido para receber o tratamento adequado.

Sintomas nos humanos

Os sintomas da raiva humana são inespecíficos no início da doença, como mal-estar geral, pequeno aumento da temperatura corporal, falta de apetite e, em seguida, instala-se alterações de sensibilidade, queimação, formigamento, dor no local do ferimento, com posterior quadro de infecção e febre, evoluindo para aerofobia, hidrofobia e crise convulsiva. O período entre o aparecimento do quadro clínico até o óbito varia entre cinco e sete dias.

Para ajudar no controle da raiva

– Vacine seu rebanho contra a raiva;
– Informe ao escritório da Cidasc mais próximo sempre que seus animais ficarem doentes e apresentarem dificuldade para caminhar, se alimentar, e/ou agressividade;
– Caso seus animais tenham marcas de mordedura causada pelo morcego hematófago, comunique à Cidasc do seu município, mesmo que não estejam doentes;
– Avise ao médico veterinário da Cidasc se souber de algum local que possa abrigar morcegos hematófagos, tais como, cavernas; grutas; ocos de árvore; túneis; bueiros; passagem sob rodovias, cisternas e poços; casas e construções abandonadas.

Atenção! Nunca tente capturar um morcego, chame um profissional capacitado para removê-lo adequadamente.

Um guia rápido sobre a vacina da raiva

A vacina anti-rábica deve ser aplicada anualmente nos animais domésticos e de criação. Vacine ovinos, bovinos, caprinos e equinos com mais de 90 dias de vida. Quanto à vacinação de cães e gatos, consulte o médico veterinário. Abaixo, orientações para cada situação envolvendo animais de criação.

Caso o animal nunca tenha sido vacinado contra raiva:

– Vacine;
– Dê uma dose de reforço em 30 dias;
– Faça reforços a cada 180 dias se houver focos de raiva no seu município;
– Caso não haja focos de raiva no seu município, revacine anualmente.

Caso o animal tenha sido vacinado alguma vez, mas não vinha recebendo o reforço: 

– Vacine;
– Dê uma dose de reforço em 30 dias;
– Faça reforços a cada uma nova dose em 180 dias, se houver focos de raiva no seu município;
– Caso não haja focos de raiva no seu município, revacine anualmente.

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