Justiça determina que Estado transfira gestantes que aguardam leitos de UTI em Tubarão
Foto: Reprodução UNITV

A Justiça determinou que o Estado providencie a transferência, no prazo de 24 horas, de ao menos, quatro das gestantes que aguardam leitos devido ao trabalho de parto prematuro no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão.

A decisão determina ainda a transferência de todas as gestantes e parturientes que venham a necessitar de tratamento em UTI, para instituição vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS) ou, caso inexistente leito disponível no sistema público, em hospital privado.

A decisão liminar foi concedia na tarde desta sexta-feira (15), pelo juiz Antônio Carlos Ângelo, titular da Vara da Fazenda Pública, Execução Fiscal, Acidentes de Trabalho e Registros Públicos da comarca de Tubarão.

Conforme o despacho, o Estado deverá realizar todos os procedimentos médicos necessários à implementação da medida, inclusive com transporte aéreo, se necessário, arcando com todos os custos decorrentes da opção adotada. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária no valor de R$ 10 mil, a ser revertida em prol do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Tubarão.

Superlotação

No inicio desta semana, o HNSC divulgou a situação da superlotação do Centro Materno Infantil da instituição. Em ofício encaminhado ao Ministério Público, a direção da unidade hospitalar reforçou o quadro.

O HNSC explicou que a superlotação se deve ao fechamento das maternidades do Hospital Santa Teresinha, de Braço do Norte, e do Hospital São Camilo, de Imbituba, e também relatou dificuldade de transferência das pacientes gestantes, parturientes e recém-nascidos que necessitam do tratamento em UTI Neonatal e Pediátrica.

O despacho desta sexta determina que o HNSC, “possuindo condições para tanto, não se abstenha a fornecer os tratamentos e as internações no Centro Materno Infantil, precipuamente no Centro Obstétrico e na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica, mantendo-se os atendimentos em tais setores a toda gestante e população infantojuvenil que venha a procurar a instituição e deles necessitarem, bem como formalmente comunique ao Estado quando da necessidade de transferência de paciente, assim também informe nos autos do processo em tela, sobre tal necessidade e comunicação dela ao Estado”.

A decisão liminar atende parcialmente o pedido de tutela provisória apresentado pelo Ministério Público em ação civil pública ajuizada na última quinta-feira (14).