Santa Catarina está prestes a se tornar referência nacional na defesa e inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nesta terça-feira (17), foi assinado um termo de cooperação técnica entre a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e a Fundação Educacional de Criciúma (Fucri), que viabilizará a realização de um Censo para mapear o número de catarinenses com autismo e suas principais necessidades.
O levantamento vai muito além da contagem de casos. Segundo o deputado estadual Pepê Collaço, presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista na Alesc, o Censo trará um panorama detalhado da realidade enfrentada pelas famílias.
“Esses números vão mostrar não apenas a quantidade de autistas, mas também a situação dos pais que precisam deixar o trabalho para cuidar dos filhos, o acesso à saúde e a presença de políticas públicas nos municípios. Teremos um leque valioso de informações”, destacou o parlamentar.
Luciane Bisognin Ceretta, presidente da Fucri, também enfatizou a importância histórica da iniciativa e o potencial de impacto para outras regiões do país. “Esse trabalho será uma referência nacional. A partir de hoje, damos o primeiro passo para a construção de uma plataforma digital que permitirá mapear a realidade do TEA em Santa Catarina”, afirmou.
Representando as famílias e as entidades que atuam na causa, Catia Cristiane Purnhagen, presidente da Federação das Associações dos Amigos do Autista (Feamas), reforçou a urgência desse levantamento: “Precisamos conhecer a dimensão desse número para propor soluções e apoiar as entidades que atendem as pessoas com TEA. Agradecemos a sensibilidade de todos que abraçaram essa causa tão importante”.
A iniciativa visa não apenas dimensionar o impacto do TEA no estado, mas também fornecer subsídios para políticas públicas mais eficientes e direcionadas. O desenvolvimento da plataforma digital e a coleta dos dados devem ser os primeiros passos para a elaboração do Censo.
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