A Vigilância Epidemiológica de Tubarão confirmou sete casos de dengue em moradores do município. Um deles trata-se de um caso autóctone, ou seja, quando a doença é contraída dentro da própria cidade. Esse foi o primeiro transmitido localmente na região. Os outros seis são importados, quando a infecção ocorreu em outra cidade.
O primeiro caso autóctone é de um homem de 38 anos. A equipe de vigilância epidemiológica municipal verificou possíveis deslocamentos do paciente nas duas semanas anteriores ao início dos sintomas e não houve saída do município de residência.
O caso acende um alerta para a transmissão comunitária da doença. O diretor-presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Tubarão, Daisson Trevisol, chama a atenção para o risco de contaminação. “Se a gente tem a doença circulando e a gente tem o mosquito, a chance de transmissão das pessoas pegarem é muito maior”, alerta.
A dengue é transmitida pela picada do Aedes aegypti. Por isso é necessário que a população contribua para acabar com os focos do mosquito. Eliminar locais que possam acumular água ainda é a melhor maneira de prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Descartar corretamente o lixo, manter piscinas e calhas limpas, não acumular entulho, deixar caixas d’água tampadas também são ações importantes.
“O mosquito está presente na nossa comunidade. Apesar de nós termos poucos focos em Tubarão, a gente precisa tomar cuidado para que não tenhamos o alastramento desse mosquito por toda a nossa comunidade, que a doença acabe tomando conta e nós tenhamos um percentual alto de pessoas contaminadas”, ressalta Daisson.
O diretor-presidente da FMS destaca ainda que, nos locais onde há o surto de dengue, em torno de 10% da população acaba adquirindo a doença. “Isso pode levar a morte porque nós podemos ter a dengue hemorrágica e levar a problemas graves de saúde”, acrescenta.
Focos do mosquito
Segundo a Gerência Regional de Saúde de Tubarão, que atende os municípios da Amurel, foram registrados 72 focos de Aedes aegypti na região. Imbituba é a cidade com a situação mais preocupante, sendo considerado infestado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE).
Focos por cidade:
- Imbituba – 38
- São Ludgero – 13
- Braço do Norte – 10
- Tubarão – 2
- Pescaria Brava – 2
- Grão-Pará – 2
- Laguna – 2
- Capivari de Baixo – 1
- Gravatal – 1
- Jaguaruna – 1
Sintomas da doença
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
“As pessoas que apresentarem os sintomas da doença devem procurar atendimento em um serviço de saúde. Da mesma forma, a rede de assistência precisa estar alerta para identificar essas suspeitas, realizando o manejo clínico conforme a indicação do fluxograma de classificação de risco e manejo dos pacientes. A condução oportuna dos casos suspeitos permite evitar o agravamento do quadro e inclusive a evolução para o óbito”, salienta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE.
