Vigilância Epidemiológica confirma que morte de macaco em Pedras Grandes foi por febre amarela
Foto: Divulgação Dive

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) confirmou que a morte de um macaco em Pedras Grandes foi em decorrência do vírus da febre amarela. A coleta da amostra do bugio, para a realização do exame, ocorreu no dia 24 de novembro.

Com isso, o estado soma 625 casos de epizootias notificadas somente nesse ano, das quais 137 foram confirmadas com febre amarela. Dessas, 18 foram registradas na Amurel. São Martinho (8), Rio Fortuna (5), Santa Rosa de Lima (3), Braço do Norte (1) e agora Pedras Grandes (1) tiveram mortes de macacos confirmadas por febre amarela, conforme a Dive,

Em relação aos casos humanos, houve o registro de oito casos da doença, com três óbitos. Do total, um foi registrado na região. Em maio, um morador de Imbituba, de 29 anos, foi diagnosticado com febre amarela. No entanto, a suspeita é que ele tenha sido infectado em Urussanga. De acordo com a Dive, nenhum dos casos humanos tinha registro de vacina contra a doença.

O período de maior transmissão da febre amarela ocorre entre os meses de dezembro a maio, devido às condições climáticas e ambientais favoráveis para reprodução do mosquito transmissor da doença. “E mais uma vez acende um alerta para toda população e para o poder público. É momento de reforçar as medidas de vigilância e prevenção da doença”, desta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.

Vigilância da febre amarela

Os macacos não transmitem a febre amarela. Eles vivem no mesmo ambiente que os mosquitos transmissores da doença (Haemagogus e Sabethes) e por isso, são as primeiras vitimas do vírus.

‘’Ao encontrar um macaco morto ou doente é importante notificar o serviço de saúde para que as equipes de vigilância se desloquem até o local para coletar uma amostra do animal e realizar o diagnostico’’ alerta Aysla Matsumoto, médica veterinária da Dive.

Prevenção

A vacina é a melhor maneira de prevenir a febre amarela. Todos os moradores de Santa Catarina, a partir dos nove meses de idade, devem ser vacinados contra a doença. A dose está disponível nos postos de saúde.

Até o mês de novembro de 2021, a cobertura vacinal no Estado era 79,57%, abaixo dos 95% recomendados pelo Ministério da Saúde (MS), dado que possibilita a ocorrência de mais casos humanos.

‘’É muito importante que as pessoas que ainda não receberam a vacina, procurem uma unidade de saúde. A cobertura vacinal ainda está abaixo do recomendado, e com a circulação do vírus, pessoas não protegidas podem contrair a doença’’, destaca Arieli Schiessl Fialho, gerente de imunização da Dive.

Febre Amarela

Os principais sintomas da doença são: início abrupto de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos, fraqueza e cansaço, dor abdominal e icterícia (pele amarelada). Ao apresentar algum sinal ou sintoma, é importante procurar atendimento médico. Os casos graves podem causar hemorragia interna e insuficiência hepática.