A Polícia Militar foi acionada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Bela Vista, em Palhoça, para atender a um caso chocante de violência infantil. Uma criança de apenas três anos foi encontrada brutalmente espancada, com múltiplos hematomas e marcas de mordidas por todo o corpo, rosto inchado e queimado, e um olho parcialmente fechado devido a uma lesão. As autoridades suspeitam fortemente da mãe e do padrasto como os principais agressores e ambos foram conduzidos à delegacia para investigação.
Na UPA, a equipe médica que atendeu a criança relatou aos policiais que, além dos ferimentos recentes, o menino apresentava mordidas e hematomas que indicavam agressões recorrentes ao longo do tempo. Apesar do estado lamentável em que se encontrava, a criança estava consciente e conseguia conversar com a equipe médica e os policiais, mas constantemente pedia por comida. Quando questionada sobre a origem de seus ferimentos, a criança apenas repetia a frase “não pode”. Durante os procedimentos médicos, ela resistia e gritava ao ser tocada.
A mãe da criança alegou à polícia que seu filho havia caído da cama e apresentava lesões. Ela afirmou também que, na manhã da quinta-feira (07), antes de sair para o trabalho, notou o rosto inchado do menino e o levou à UPA. Negou veementemente ter agredido a criança e afirmou desconhecer a origem das mordidas antigas. Em face da gravidade dos acontecimentos, o Conselho Tutelar foi imediatamente acionado.
Durante o atendimento na UPA, a equipe informou à polícia sobre a presença de um homem em uma motocicleta vermelha rondando a área. A mãe da criança teria saído da unidade para conversar com ele. O segurança da unidade registrou a placa da motocicleta, que foi repassada para o serviço de inteligência da polícia. Após intensas buscas, o suspeito, que era o padrasto da criança, foi localizado na Avenida Rio Grande. A motocicleta que ele conduzia foi apreendida devido a infrações administrativas, e o suspeito foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil.
O padrasto também afirmou não saber a origem dos hematomas da criança. A polícia questionou repetidamente o padrasto sobre as lesões, já que ele estava cuidando da criança enquanto a mãe estava no trabalho. O suspeito alegou que a criança havia caído em um parquinho e que, no dia anterior, estava com o rosto inchado e ele aplicou uma compressa quente.
Entretanto, o médico responsável pelo atendimento na UPA declarou à polícia que as lesões não eram condizentes com quedas acidentais. A situação tornou-se ainda mais preocupante quando foi revelado que o pai biológico da criança já havia registrado um boletim de ocorrência no dia 7 de agosto deste ano, informando sobre hematomas no corpo da criança após buscá-la.
Diante dos fatos alarmantes, tanto a mãe quanto o padrasto foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos legais cabíveis. A investigação está em curso para esclarecer o que realmente aconteceu com essa criança indefesa, vítima de violência doméstica.
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