Trio é denunciado por golpes de milhões com carros de luxo em Tubarão
Foto: Divulgação

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou denúncia contra três homens envolvidos em um esquema de golpes milionários que afetou 12 vítimas na região de Tubarão. O esquema, que teve início em 2015 e foi intensificado em 2024, envolveu a compra e venda fraudulenta de carros de luxo, com vítimas que nunca receberam o pagamento pelos veículos vendidos ao trio. O MPSC está buscando a condenação dos acusados por crimes como associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Além disso, o Ministério Público exige que os réus paguem uma indenização superior a R$ 5 milhões às vítimas.

Como o golpe foi realizado

O esquema começou em 2015, com um dos réus, de 36 anos, que utilizava sua empresa para contrair empréstimos fraudulentos. Em 2018, o acusado se associou a um contador de 54 anos, formando uma rede de empresas de fachada. O contador, por sua vez, usou sua experiência para manipular informações de clientes, criando notas fiscais falsas e duplicatas simuladas, que eram então vendidas para empresas de factoring. Esses documentos fraudados geraram cerca de R$ 15 milhões.

Golpe com carros de luxo

Em 2023, o réu de 36 anos se envolveu em negócios com carros de luxo, adquirindo-os por valores muito abaixo do mercado. Um exemplo foi a compra de um VW Tiguan Allspace por R$ 160 mil, pago com cheques pré-datados, e revendido por R$ 120 mil. O golpe foi repetido com outras vítimas na região de Tubarão. O esquema veio à tona no carnaval de 2024, quando os cheques começaram a retornar por insuficiência de fundos, levando as vítimas a perceberem o golpe.

Lavagem de dinheiro

Além de aplicar os golpes, os réus também praticaram lavagem de dinheiro. Entre 2018 e 2024, utilizaram empresas de fachada e contas bancárias de familiares para movimentar os valores ilícitos, adquirindo bens de luxo, como veículos e relógios, e ocultando a origem do dinheiro. O MPSC solicitou que os réus fossem responsabilizados por esses crimes, além da reparação dos danos com a fixação de uma indenização mínima de R$ 5 milhões.

Mais vítimas e investigação contínua

O MPSC também identificou vítimas de golpes semelhantes em outras cidades da região, como Braço do Norte, Criciúma, Araranguá e São José. Além disso, novas investigações foram solicitadas para apurar a falsificação de documentos, como notas fiscais, contratos sociais e declarações de imposto de renda, e a emissão de duplicatas falsas.

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