Santa Catarina ultrapassou a marca de 90% da população com 12 anos ou mais vacinada com a primeira dose contra a covid-19 no último domingo (24). O Vacinômetro apontou que 5.524.614 pessoas receberam a primeira dose, 3.849.158 foram vacinadas com a segunda dose, 257.149 com a dose única, 209.718 idosos e trabalhadores de saúde receberam a dose de reforço e 10.896 imunossuprimidos a dose adicional.
Em relação à população total, incluindo os que têm menos de 12 anos, 76% de todos os catarinenses já receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19. A evolução também é percebida no total da população vacinável completamente imunizada, que ultrapassou os 67% com o esquema vacinal completo (com a segunda dose ou dose única), chegando a 4.106.307.
“Ao atingirmos a marca de 90% da população maior de 12 anos tendo recebido a primeira dose da vacina, não podemos nos esquecer de avisar que quem ainda não tomou a segunda dose, no caso em que recebeu a Coronavac, a AstraZeneca ou a Pfizer, que seu esquema de vacinação tem duas doses e que é fundamental completar a imunização. Devemos salientar que quase a totalidade da população com 60 anos ou mais completou o esquema vacinal, mas ainda há mais de 400 mil pessoas que não voltaram para ser plenamente imunizadas. É imprescindível que se lembrem dessa necessidade”, afirmou o governador Carlos Moisés.
“É de extrema importância que a população catarinense compreenda que o maior nível de proteção ocorre 14 dias após completar o esquema vacinal, com a segunda dose ou a dose única. Já para os idosos acima de 60 anos, nesse momento é fundamental que todos recebam uma dose de reforço cinco meses após terem completado o esquema vacinal primário, e, para os imunossuprimidos, 28 dias após. A cobertura vacinal já é suficiente para observarmos uma melhora nos indicadores, mas precisamos alcançar e superar a meta de 85% da população totalmente imunizada. Se hoje somos o segundo estado em aplicação de primeira dose e o quarto na imunização completa, isso é devido à agilidade na distribuição e grande competência dos municípios em aplicar rapidamente as vacinas”, expôs o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.
O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, lembrou ainda que, para um maior controle da doença, é necessário vacinar pelo menos 85% da população, de forma a promover uma imunidade coletiva suficiente para reduzir a circulação do coronavírus, e proteger aqueles que não podem se vacinar até o momento, como as crianças menores de 12 anos. “Segundo último levantamento da DIVE/SC, cerca de 432 mil pessoas que receberam a primeira dose estão em atraso na aplicação da segunda dose, e com isso apresentam elevado risco de desenvolverem formas graves da covid-19”, acrescentou.
Queda nos óbitos
Um levantamento preliminar, realizado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), da Secretaria de Estado da Saúde, mostra que no período de 14 de setembro a 13 de outubro foram registrados 431 óbitos por covid em SC, representando uma queda de 34% quando comparado com o período de 30 dias anteriores, que havia contabilizado 649 óbitos.
Quando analisada a situação vacinal das pessoas que foram a óbito nesse período, das 431 mortes, 327 (76%) eram de idosos (60 anos ou mais) e 104 (34%) eram pessoas abaixo de 60 anos de idade. Dos 327 idosos, 116 (35%) não tinham completado o esquema vacinal (87 não tinham recebido nenhuma dose e 29 só haviam recebido a primeira dose), 211 (65%) tinham recebido as duas doses ou a dose única há mais de cinco meses, mas apenas dois haviam recebido a dose de reforço.
Já entre a população abaixo de 60 anos, dos 104 óbitos registrados, 88 (85%) não tinham completado o esquema de vacinação e apenas 16 pessoas (15%) estavam com o esquema vacinal completo.
Importância da vacina
“As vacinas servem para estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos e garantir a memória imunológica. No caso da vacina contra a covid-19, o tempo que dura essa proteção vem sendo avaliado na medida em que a vacinação avança no mundo. Na medida em que envelhecemos, nosso sistema imunológico vai perdendo a capacidade de combater novas infecções e de produzir memória imunológica, deixando os idosos mais vulneráveis a diversas doenças, como a covid-19. Portanto, a aplicação de uma dose de reforço para os idosos se torna fundamental nesse momento da pandemia, para aumentar a produção de anticorpos e garantir que a memória imunológica seja mais prolongada”, explicou Eduardo Macário.
O baixo número de idosos que ainda não recebeu a dose de reforço serviu de base para que a Secretaria de Estado da Saúde recomendasse na última quinta-feira (21), a todos os municípios, a antecipação da aplicação da dose de reforço para os idosos de seis para cinco meses após a segunda dose ou dose única, como uma forma a proteger ainda mais essa população. Já o elevado número de pessoas que ainda não tomaram a segunda dose e estão indo a óbito, serve para alertar aos jovens e adultos sobre a importância de se completar o esquema vacinal primário, com duas doses, para ampliar a proteção contra formas graves da covid-19.
Mais vacinas
Apenas nesse mês de outubro, o estado recebeu dez lotes de vacinas, somando 1.432.380 doses. Dessas, 776.690 chegaram em Santa Catarina nesta última semana, sendo 534.690 da Pfizer e 242 mil da Coronavac.
Desde o início da campanha de vacinação, Santa Catarina já recebeu 11.859.034 doses de vacinas contra a Covid-19, tendo aplicado 9.851.535 doses até o dia 24 de outubro.