A dura derrota da Fesporte no Parajasc
A queda de braço entre Fesporte, leia-se, presidente e Coronel do Exército, Freibergue Rubem do Nascimento e Federação Catarinense de Atletismo (FCA), com a não realização da modalidade de Atletismo na 17ª edição dos Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), abriu uma crise jamais vista nos últimos anos no comando da entidade esportiva.
A não realização da modalidade de atletismo frustrou paratletas, treinadores, familiares e dirigentes esportivos dos municípios envolvidos, gerando revolta com o gestor indicado pelo governador Jorginho Mello.
A Federação Catarinense de Atletismo Deraldo Ferreira Oppa, já havia indicado a entidade esportiva que a tabela do subsidio da arbitragem estava defasada há três anos, e que precisava de uma alteração, inclusive divulgando uma nota oficial no site da entidade, mesmo assim o presidente Freibergue Rubem do Nascimento ignorou, resolveu bater na mesa, a FCA não cedeu, a Fesporte vou buscar apoio no Rio Grande do Sul, onde informou que não poderia atender o estado vizinho.
Em conversa de bastidores, a intransigência do coronel deixou atônito muitas pessoas ligadas ao esporte catarinense, inclusive com manifestações de deputados repudiando a situação.
Na manhã desta quinta-feira, uma reunião entre os municípios participantes do atletismo junto à Fesporte foi realizada. Foi definido que as competições desta modalidade serão adiadas sem data definida.
Quem perdeu foram os mais de 600 atletas que não puderam competir, onde se prepararam por meses para disputar a competição, no caso de Tubarão, quatorze atletas se deslocaram sob a responsabilidade do técnico Peter Correa Rosa, com a missão de disputar a competição, com o sonho do pódio, e para pleitear o subsidio do bolsa atleta em 2025.
Recebi inúmeras manifestações por parte de treinadores e atletas de outras regiões do estado, a frustação tomou conta de todos, além de envolver o custo de deslocamento, a logística para muitos é bem delicada, são pessoas com deficiências física, auditiva, intelectual e visual, um desrespeito total, um descaso com os paratletas, comentou um paratleta do norte.
Em Nota Pública do Conselho Regional de Educação Física (CREF3/SC), assinada pelo presidente Paulo Maes, o conselho fez fortes cobranças pelo ato de irresponsabilidade por parte do gestor da Fesporte.
“O Conselho Regional de Educação Física (CREF3/SC) vem a público expressar sua profunda preocupação com os acontecimentos e desdobramentos da 17ª edição do PARAJASC.
É inaceitável que ocorra falta de planejamento antecipado que prejudique a integridade do evento e a dignidade dos paratletas e profissionais envolvidos. O CREF3/SC exige imediata apuração e responsabilização de todos os envolvidos em qualquer ato que comprometa a lisura e a ética esportiva.
O CREF3/SC reitera seu compromisso inabalável com a transparência e a eficiência na gestão esportiva, assegurando que todas as ações sejam conduzidas com a máxima responsabilidade, em benefício da comunidade esportiva catarinense e com o mais alto respeito aos profissionais de Educação Física.”
Paulo Maes (CREF 001385-G/SC), presidente do Conselho Regional de Educação Física da 3ª Região de Santa Catarina (CREF3/SC).
Em resumo, O Coronel Freibergue, agiu como se estivesse no comando do seu batalhão dentro de um quartel general, bateu de frente, perdeu força, e no esporte catarinense, às vezes é sempre bom recuar, ouvir os mais experientes, mas neste caso, ele fez o contrário, foi para o combate e perdeu a guerra, com os árbitros não indo trabalhar para a Fesporte.
Acredito que no inicio da próxima semana, o governador Jorginho Mello para o bem do esporte catarinense, e pressão de deputados e gestores esportivos de todo o estado, deverá exonerar o “coronel” do cargo.