A sucessão do papa Francisco movimenta o Vaticano nesta quinta-feira (7), com o início do conclave que irá definir o novo líder da Igreja Católica. Entre os 133 cardeais que têm direito a voto, três nasceram em Santa Catarina: Dom Leonardo Ulrich Steiner, Dom João Braz de Aviz e Dom Jaime Spengler. Um deles, Dom Leonardo Steiner, é apontado pela agência Reuters como um dos principais nomes para se tornar o próximo papa. O catarinense, natural de Forquilhinha, é hoje arcebispo de Manaus e o único representante da Amazônia no Colégio dos Cardeais.
A participação brasileira é relevante: dos oito cardeais do país, sete poderão votar, o que inclui os três catarinenses. A expectativa gira em torno do rumo que a Igreja deve tomar após o papado de Francisco, conhecido por sua postura progressista e proximidade com os mais pobres. A escolha do novo pontífice acontece em clima de atenção mundial, com os olhares voltados para possíveis mudanças na condução da fé católica.
Dom Leonardo Steiner tem uma trajetória marcada pelo envolvimento com a Amazônia e as causas sociais. Ordenado em 1978 por Dom Paulo Evaristo Arns, ele atuou em diversas regiões do Brasil, incluindo Mato Grosso, Curitiba, Brasília e Manaus. Foi nomeado cardeal em 2022 pelo próprio Francisco e se destacou por sua atuação pastoral entre os povos da floresta, o que reforça seu perfil alinhado ao último pontificado.
Outro cardeal catarinense, Dom Jaime Spengler, nasceu em Gaspar e é o atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Desde 2013, ele atua como arcebispo de Porto Alegre, após ter sido nomeado por Francisco. Com formação em Filosofia e Teologia, também estudou em Roma e tem uma trajetória consolidada dentro da Igreja, especialmente em ações pastorais e educacionais.

Já Dom João Braz de Aviz, nascido em Mafra, é o cardeal brasileiro mais velho apto a votar no conclave, com 77 anos. Com uma carreira sólida dentro do Vaticano, foi nomeado prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada em 2011, cargo que ainda ocupa. Ele também participou do conclave que elegeu o Papa Francisco, em 2013, e tem uma trajetória marcada por atuações no Paraná, São Paulo e em Roma, onde também estudou Teologia Dogmática.

O conclave, termo que significa “fechado à chave”, reúne os cardeais eleitores em uma área restrita do Vaticano, onde fazem um juramento de silêncio absoluto e não têm contato com o mundo exterior. As votações acontecem na Capela Sistina e são realizadas em sessões pela manhã e à tarde, até que um nome atinja dois terços dos votos. Ao ser escolhido, o novo papa é anunciado à multidão com a famosa frase “Habemus Papam”, direto da sacada da Basílica de São Pedro.
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