Chegada do verão aumenta a necessidade de cuidados com exposição ao sol
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O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer no mundo. Em um país tropical como o Brasil, onde o sol e o calor predominam durante a maior parte do ano, o quadro não é diferente. No Brasil, o câncer de pele já é uma questão de saúde pública. Dezembro, mês em que se inicia o verão, é a época do ano onde é registrado um aumento no número de casos de câncer de pele.

Maior órgão do corpo humano, a pele tem a função de revestir e proteger o organismo de agressões, como desidratação, vírus, bactérias e danos causados por fatores ambientais.

O câncer de pele surge quando as células que compõem o órgão crescem desordenadamente, ocorrendo, principalmente, devido ao efeito cumulativo causado por longas exposições ao sol, quando os raios solares Ultravioleta A e Ultravioleta B danificam a barreira protetora do órgão.

O oncologista do Centro Médico Unimed, Dr. Kelio Silva Pinto, detalha que os cânceres de pele podem ser divididos em melanoma e não melanoma, e os mais frequentes são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, menos agressivos, mas que podem causar lesões funcionais e estéticas.

“O carcinoma basocelular, mais frequente na população brasileira, costuma apresentar áreas com protuberância, com borda mais elevada e cor mais avermelhada, com pequenos vasos de sangue. Já o carcinoma espinocelular, segundo mais frequente, porém, mais agressivo que o basocelular, tem como característica sinais com aparência endurecida, uma úlcera que lembra um machucado, que não cicatriza”, diz.

As regiões mais comuns para o aparecimento dos dois tipos de carcinoma são as áreas mais expostas ao sol, como rosto, cabeça, pescoço, nariz, lábios e dorso das mãos. De acordo com o médico, o tratamento destes dois tipos de câncer de pele é cirúrgico, na maioria das vezes.

Já o melanoma cutâneo, que tem incidência mais baixa do que os carcinomas, é de maior gravidade.

“O melanoma cutâneo normalmente acomete os mais jovens, entre 30 a 40 anos, surgindo por meio de uma pinta ou um sinal em tons acastanhados, que com o tempo altera de cor e tamanho, podendo até sangrar. Em um estágio mais grave, o tumor pode gerar metástase nos órgãos e gânglios. Quando diagnosticado precocemente, a chance de cura dos melanomas é alta, podendo chegar a mais de 90%”, pontua.

O oncologista do Centro Médico Unimed alerta sobre o bronzeamento artificial.

“O bronzeamento artificial também oferece alto risco de desenvolvimento de câncer de pele, mais do que a exposição aos raios solares. Isso ocorre porque elas emitem altos níveis de UVA, a radiação ultravioleta, de maior risco para o câncer de pele”, complementa.

Como se proteger do câncer de pele?

– Utilize protetor solar todos os dias, reaplicando a cada duas horas. Se você tem pele clara, use fator 30. Se você é negro, use fator de no mínimo 15.

– Evite expor-se ao sol no horário entre 10 e 16 horas e utilize protetor solar e camisa de proteção UV.