Dia da Adoção: crianças e adolescentes aguardam por uma família em Santa Catarina
Foto: Ilustrativa

A adoção é um ato de amor que transforma a vida de quem adota e quem é adotado. É também um grande desafio, que necessita muita consciência e preparação. Por isso, o processo envolve algumas etapas para garantir maior segurança à criança e ao adolescente que será adotado pela nova família.

O primeiro passo para quem quer adotar é procurar a Vara de Infância e Juventude da sua Comarca. No local, os interessados receberão as informações sobre os procedimentos, documentos necessários e etapas do processo de habilitação, que é composta pela participação obrigatória em um curso de preparação para adoção a cargo do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). As famílias também passam por uma avaliação social e psicológica.

“Quando uma adoção é bem sucedida, ela oferece a oportunidade para uma criança ou adolescente crescer em um ambiente acolhedor, protetivo e seguro, que irá favorecer seu desenvolvimento de forma integral”, destaca Leda Maria Pibernat Pereira da Silva, psicóloga forense da Comarca de Tubarão.

Nesta quarta-feira, 25 de maio, o Dia Nacional da Adoção. A data procura conscientizar a população sobre a importância de adotar e assegurar o direito de crianças e adolescentes à convivência familiar.

Segundo dados da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), atualmente há 275 crianças e adolescentes aptos à adoção em Santa Catarina. Ao mesmo tempo, existe 3.086 pretendentes habilitados para adoção. Isso acontece porque as pessoas ainda preferem adotar crianças de pouca idade. 81% dos que estão na fila para serem adotados possuem entre 10 a 18 anos.

“A maior parte das famílias ainda busca crianças pequenas, de até três ou quatro anos. Em geral, quanto maior a idade, maior a dificuldade de colocação em adoção. A complexidade também aumenta quando se trata de grupos de irmãos ou crianças com algum problema de saúde”, relata Leda.

Na comarca de Tubarão, por exemplo, há cerca de 70 famílias habilitadas com interesse em adotar. Outras 20 estão em processo de habilitação para adoção. Por outro lado, apenas uma criança está à espera de uma família. Trata-se de uma menina de 11 anos, que está acolhida há aproximadamente quatro anos. “Ela possui alguns problemas de saúde, o que foge um pouco do perfil para o qual as famílias em geral se candidatam a adotar”, conta a psicóloga.

Os interessados também podem participar Grupo de Apoio à Adoção de Tubarão, denominado “Filhos para Sempre”. Os encontros ocorrem mensalmente, sempre na segunda segunda-feira de cada mês, às 19h30, no Ases. Entre seus objetivos, o grupo atua na orientação das famílias adotivas bem como na preparação dos pretendentes à adoção.

Conversando sobre Adoção

Nesta sexta-feira (27), será realizada a terceira edição do Conversando sobre Adoção. O evento ocorrerá no salão nobre da Unisul, em Tubarão, e terá início às 19h30. As palestras são gratuitas e abertas ao público.

As palestrantes convidadas são a psicóloga forense da comarca de Tubarão, Leda Maria Pibernat da Silva, e a advogada e professora universitária Patrícia Fileti, especialista em direito de família.

A iniciativa é de realização do grupo “Filhos para Sempre”, com o apoio da Comissão da Mulher Advogada e do Poder Judiciário de Santa Catarina comarca de Tubarão e com a participação do curso de Direito da Unisul de Tubarão.