Gêmeos que nasceram prematuros recebem alta depois de 100 dias na UTI neonatal, em Tubarão
Foto: Unimed Tubarão

Depois de 102 dias internados na UTI neonatal do Hospital Unimed, em Tubarão, os gêmeos bivitelinos Lucca e Levi tiveram alta esta semana. A liberação foi comemorada por toda a família, especialmente pela mãe Rozana Costa e o pai Lucas Fraga. Os meninos eram para chegar ao mundo no dia 1º de março. Porém, precisaram nascer antes.

Um ultrassom de rotina no início do sétimo mês de gestação detectou que Lucca estava em sofrimento fetal com restrição de crescimento intrauterino. “Tive que decidir entre dar chance aos dois ou deixar somente o Levi na barriga”, lembra. No mesmo dia, Rozana decidiu que daria a chance aos dois, mesmo que nascessem prematuros extremos.

Natural de Porto Alegre e morando em Criciúma, como não conseguiu vaga na UTI neonatal local, foi encaminhada para o Hospital Unimed Tubarão. E foi aí que se iniciou a jornada de Rozana. No dia 4 de dezembro do ano passado, à 0h26, nasceu Levi, com 700 gramas, e à 0h28 nasceu o Lucca, com 620 gramas.

“Nasceram pela mão da excelente médica Maria Eugênia Perito e sua equipe, a quem tenho eterna gratidão. Fui muito bem atendida e acolhida por todos, pelas enfermeiras, técnicas, fisioterapeutas, equipe médica, meninas da copa, da limpeza, recepção e lactário que, não tenho nem palavras para agradecer”, conta.

Gêmeos que nasceram prematuros recebem alta depois de 100 dias na UTI neonatal
Foto: Unimed Tubarão

Apoio da família

Nestes pouco mais de três meses de internação dos gêmeos na UTI Neonatal, Rozana ficou hospedada em uma casa de um parente de Lucas, pai dos meninos. “Somos também eternamente gratos a isso, pois facilitou e permitiu que eu visse os meninos todos os dias a qualquer hora. O acesso a UTI Neonatal é livre”.

Rozana lembra ainda que, por diversas vezes, teve que encarar um desânimo diante das várias intercorrências devido à prematuridade extrema. Mas lembra que o desânimo era superado pela equipe técnica da Neonatal que sempre a animava e a aconselhava a ter fé.

O apoio de sua mãe Rosangela, que esteve ao seu lado todos os dias, também foi importante para superar tudo de forma positiva. “Ser mãe de UTI neonatal não é nada fácil. Mas quando temos uma equipe empática e querida ao lado, com certeza ajuda a termos esperança. E foi isso que tivemos”, conclui.

Gêmeos bivitelinos

Gêmeos bivitelinos, também denominados irmãos fraternos, são aqueles que se formam pela fertilização de dois óvulos diferentes. Eles se parecem tanto quanto dois irmãos comuns, de gestações diferentes e podem apresentar diferenças no tom de pele, na estrutura física e no cabelo, entre outras características.

Em alguns casos, podem ser muito parecidos, podendo compartilhar cerca de 50% dos genes, mas nunca idênticos. Ao contrário dos gêmeos univitelinos que são sempre do mesmo sexo, os bivitelinos podem ser menino e menina.