A prefeitura de Tubarão concluiu os trabalhos para a liquidação e extinção da Companhia de Urbanização e Desenvolvimento de Tubarão (Coudetu), empresa municipal que era responsável pela administração do Cemitério Horto dos Ipês. O processo de extinção se arrastava há mais de dez anos.
Nesta quarta-feira (31) foi realizada uma assembleia geral da companhia que marcou o encerramento das suas atividades. A reunião foi conduzida pelo liquidante, Elemar Nunes, e teve a participação do prefeito Joares Ponticelli (PP) e de membros da Procuradoria Jurídica do município e das secretarias de Gestão e de Serviços Públicos.
Todo processo de liquidação teve o acompanhamento do Tribunal de Conta do Estado (TCE), que exigiu o cumprimento de ritos como a recuperação de registros contábeis e jurídicos diversos, assinaturas de antigos colaboradores e outras obrigações legais que, por razões variadas, deixaram de ser cumpridas ao longo dos anos. O pagamento a fornecedores e outras pendências financeiras também foram sanadas nessas últimas etapas de liquidação.
A partir de agora, a administração dos cemitérios municipais ficará a cargo da Secretaria de Serviços Públicos. Com a liquidação da Coubetu, as contas também serão encerradas. Por isso, aquelas pessoas que possuem parcelamentos em aberto devem entrar em contato com administração do Cemitério Horto dos Ipês, pelo telefone 3628-1071, para que os boletos sejam substituídos.
Sobre a Coubetu
A Coubetu foi criada em novembro de 1977. Trata-se de uma empresa estatal municipal de sociedade de economia mista integrante da administração indireta do Município de Tubarão.
Atualmente, a companhia vinha fazendo a administração do Cemitério Horto dos Ipês, também conhecido como Cemitério Horto da Saudade. Entre suas atividades, está a urbanização e manutenção do cemitério, sendo que o faturamento provém da comercialização de jazigos/lotes e da cobrança de taxa de manutenção anual dos proprietários de jazigos já vendidos.
A liquidação e a extinção da estatal iniciaram em agosto de 2010. Com isso, a companhia passou a ser administrada por um liquidante, responsável pela condução do processo. Desde então, algumas irregularidades, como inexistência de registros contábeis, falta de controle dos bens patrimoniais, descontrole dos recursos financeiros da estatal, irregularidades na gestão do Cemitério Horto da Saudade, foram apontadas pelo TCE.
Os liquidantes e prefeitos que passaram pela administração da companhia e da prefeitura precisaram organizar e regularizar a situação da estatal para então concluir a extinção da companhia.