Vereador de Imbituba é alvo de operação da Polícia Civil

A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu, na manhã desta quarta-feira (25), mandado de busca e apreensão contra um vereador eleito em Imbituba. A ação faz parte da segunda fase da Operação Castelo de Barro, que apura crimes como compra de votos, caixa dois, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ao todo, sete mandados foram cumpridos em diferentes endereços ligados aos investigados.

A investigação começou em outubro de 2024, após suspeitas de desvio de saibro contratado pela prefeitura. O material, utilizado na construção civil, teria sido desviado para propriedades particulares com a finalidade de financiar a campanha do então candidato. O prejuízo estimado passa de meio milhão de reais.

A Polícia Civil aponta que o vereador investigado participou de reuniões com os empresários responsáveis pelo fornecimento do saibro, inclusive no mesmo dia em que a licitação suspeita foi homologada. Essas reuniões serviram como ponto de partida para o aumento dos desvios, principalmente entre os meses de agosto e setembro de 2024, período que antecedeu o pleito eleitoral.

Interceptações telefônicas feitas pelos investigadores revelam que o material desviado era usado como forma de subsídio eleitoral. No dia 23 de setembro, houve uma nova reunião na casa do vereador eleito, com membros do núcleo empresarial investigado. Após esse encontro, a polícia identificou uma intensificação nos desvios, o que reforçou as suspeitas de que a estrutura era utilizada para beneficiar diretamente a campanha.

As investigações indicam que dois núcleos atuavam no esquema: um político-administrativo, supostamente liderado pelo vereador, e outro empresarial, responsável pela execução das fraudes e movimentações financeiras. Diante das evidências, a Polícia Civil solicitou à Justiça Eleitoral a prisão preventiva dos envolvidos, além do cumprimento de mandados de busca em residências de suspeitos e possíveis laranjas. O Ministério Público foi favorável aos pedidos, mas o juiz eleitoral considerou que não havia elementos suficientes para decretar as prisões.

Não fique de fora do que acontece na sua região! Entre agora mesmo no nosso grupo de WhatsApp e comece a receber as notícias mais relevantes diretamente no seu celular: clique aqui.