A Justiça condenou 17 réus pelo assalto ao Banco do Brasil em Criciúma, ocorrido na madrugada de 1º de dezembro de 2020. O crime, considerado o maior roubo da história de Santa Catarina, resultou em prejuízo de aproximadamente R$ 130 milhões e mobilizou uma quadrilha com cerca de 30 integrantes. As penas, que variam de 9 a 51 anos de reclusão, contemplam crimes como roubo majorado, associação criminosa, incêndio, falsidade ideológica e dano ao patrimônio público.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), responsável pela denúncia, a organização criminosa atuava de forma estruturada, com divisão de tarefas que incluíam planejamento, apoio logístico e execução direta. Durante o ataque, os criminosos sitiaram o centro de Criciúma por cerca de duas horas, bloquearam vias, usaram explosivos de alto poder destrutivo e mantiveram reféns, incluindo trabalhadores que realizavam manutenção na cidade. Um policial militar foi gravemente ferido no confronto.
Roubo com violência e estratégia militar
O assalto foi realizado com armas de uso restrito e veículos blindados, utilizados para garantir a fuga e dificultar a resposta policial. Além do roubo à tesouraria regional do Banco do Brasil, o grupo disparou centenas de tiros contra o quartel do 9º Batalhão da Polícia Militar e ateou fogo a veículos, gerando risco às pessoas que estavam no local e a quem transitava nas proximidades.
Parte do dinheiro roubado foi recuperada, assim como bens e armamentos utilizados no crime. Vários réus foram presos em flagrante logo após a operação, com provas que confirmaram seu envolvimento no planejamento e na execução.
Organização criminosa e outros crimes associados
A investigação revelou que a quadrilha era altamente organizada, com ações coordenadas que envolviam falsificação de documentos para aquisição de imóveis e veículos utilizados no crime. Quatro réus foram condenados especificamente pelo uso de documentos falsos, incluindo registros usados na compra de um caminhão e na locação de galpões em diferentes cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Atuação do Ministério Público
A denúncia foi conduzida por uma equipe de Promotores de Justiça, com destaque para Ricardo Figueiredo Coelho Leal e Fernando Rodrigues de Menezes Júnior, que coordenaram as fases investigativa e processual. O detalhamento minucioso dos fatos foi fundamental para a condenação de todos os réus e a acolhida de todos os pedidos formulados pelo MPSC.
O caso, que chocou o país pelo nível de violência e organização, representa um marco na repressão a crimes de grande impacto em Santa Catarina.
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