Da necessidade de construir abrigos para os cães que vivem nas ruas de Criciúma surgiu a ideia de buscar na oficina de marcenaria da penitenciária Sul o apoio para a construção de casinhas. A ideia foi levada ao Diretor da Penitenciária Sul, Johnny Cascaes Inacio, e à Juíza da Vara de Execuções Penais da Comarca de Criciúma, Débora Driwin Rieger Zanini, que imediatamente aprovaram o projeto Minha Casa Pet. Inicialmente foram construídas três unidades, que já foram doadas para protetores que têm diversos cães sob seus cuidados.
A inciativa foi encaminhada pela Pastoral Social da Igreja São Francisco de Assis, juntamente com voluntários, RASA – Rede de Apoio à Saúde Animal e Apacri. Nesta segunda-feira as voluntárias Alexsandra Milak, Tatiana Rodrigues, Ana Sofia Schuster e Karina Casagrande estiveram reunidas com a Juíza Débora Zanini, e o diretor Johnny Cascaes Inacio, para oficializar a parceria. Conforme o projeto, ONGs, empresas e voluntários irão disponibilizar os materiais para confecção, enquanto a mão de obra será doada pelos detentos. Além das casinhas também serão confeccionados cobertores e colchões, na oficina de costura da penitenciária feminina.
Para a Juíza a ideia tem vários aspectos positivos, pois além de ajudar os animais de rua, também cumpre o papel de ressocializar os detentos. “É uma ideia maravilhosa, fantástica, pois a gente vai estar ajudando os cãezinhos de rua abandonados que precisam de auxílio e é uma forma de ressocializar os detentos, dar uma ocupação para eles, uma forma de fazer o bem comum para a nossa sociedade.”, avalia a Débora Zanini.
O diretor da Penitenciária Sul, Johnny Cascaes Inacio, salienta que é muito gratificante o resultado desta ação. “É um trabalho que reflete diretamente na sociedade, não é apenas trabalho e salário, mas uma questão de cidadania do próprio preso”, analisa.
A coordenadora da Pastoral Social, Ana Sofia Schuster, explica que o projeto vai suprir uma necessidade não só de abrigos para os cães de rua, mas também para ajudar protetores que têm diversos cães sob a sua guarda. “O projeto vai ajudar muito, tanto aos cães comunitários, que são cuidados nas ruas, e também pessoas que abrigam animais nas suas casas e não têm condições de comprar casinhas”, explica.
As entidades que fazem parte do projeto já encaminharam um modelo de casinha que será padronizada para facilitar a construção. Também está recebendo doações de sobras de madeiras, pallets, telhas e material para confecção dos colchões e cobertores. O projeto também está buscando uma empresa que auxilie no transporte dos materiais e das casinhas prontas para os locais onde estas ficarão.
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