Governador endurece contra professores grevistas e sindicato rebate pronunciamento
Foto: Divulgação/Secom/GovSC

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), fez um pronunciamento neste domingo (28), referente a paralisação dos profissionais de Educação do Estado. Após a publicação, os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado (SINTE), publicaram a organização de um ato na capital catarinense, para esta terça-feira (30).

De acordo com o governador, Santa Catarina possui o maior salário da região sul para os profissionais da Educação. Ele afirma que a greve é conduzida por uma minoria ligada a sindicatos, que, segundo ele, prefere alimentar conflitos e iniciar uma greve sem justificativa sólida.

Nas redes sociais do SINTE a publicação em vídeo afirma: Estamos tentando negociar há mais de um ano e lamentamos a escolha do governo em não apresentar nenhuma proposta, além de usar o momento para desinformar a sociedade. Os trabalhadores e trabalhadoras da educação não merecem o tom de ameaça. Não é uma briga entre sindicato e governo do estado, são pais e mães de família que precisam ser valorizados. Dia 30 de abril, vamos realizar um ato HISTÓRICO em Florianópolis. Mobilizem seus colegas, paralisem as atividades e venham lutar pelo magistério catarinense.

O ponto central da greve é a descompactação da folha de pagamento, que o governo, no momento, não pode cumprir. Essa medida teria um custo de R$ 4,6 bilhões aos cofres estaduais. O governador enfatiza que essa quantia ultrapassa significativamente os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e, praticamente, comprometeria as finanças do Estado.

Leia a nota do Governo do Estado na íntegra:

Sobre a greve de uma pequena parte dos professores catarinenses, diante dos fatos abaixo expostos:
Com base nos portais de transparência de cada Estado, Santa Catarina paga a maior média salarial da região Sul aos profissionais da Educação, superior em cerca de 15% à paranaense e aproximadamente 50% maior que a gaúcha.
O governo está aumentando em mais de 100% o vale-alimentação.
Revisou o desconto de 14% para aposentados, garantindo que recebam um valor maior todos os meses no benefício.
Trabalha no maior concurso da história para contratar 10 mil novos profissionais na Educação.
Preocupou-se em garantir que todos os professores tenham um horário remunerado fora da sala de aula para planejar conteúdos e preparar provas.
E que o pedido da descompactação da folha de pagamento é absolutamente inviável no momento: custaria R$ 4,6 bilhões e violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Estado portanto, determina, inicialmente, as seguintes medidas para garantir o acesso de todos alunos catarinenses à Educação:
Desconto das faltas injustificadas dos professores grevistas
Contratação de professores temporários para manter as aulas funcionando
E que a negociação sobre remuneração dos professores só será retomada assim que essa pequena parcela de professores retorne para a sala de aula
O Governo do Estado julga relevante também realizar um agradecimento público aos quase 90% dos professores que seguem trabalhando nas salas de aula de todas as cidades de Santa Catarina.

Na região

Na região de abrangência do SINTE de Tubarão, são 15 municípios: Armazém, Braço do Norte, Capivari de Baixo, Grão-Pará, Gravatal, Jaguaruna, Orleans, Pedras Grandes, Rio Fortuna, Sangão, Santa Rosa de Lima, São Ludgero, São Martinho, Treze de Maio e Tubarão. Até a última sexta-feira (26) , 36 escolas, das 57 existentes, estão em greve com 500 professores em paralisação.

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