Uma antiga boia de vidro, utilizada por pescadores no século passado, foi encontrada na praia do Gi, Laguna. O item raro foi localizado pelo pesquisador Marcio Rimoli Flor, que atua no Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS)/Udesc durante inspeção na costa da região. O objeto ficará alguns dias exposta na sede do projeto, às margens da rodovia João Marronzinho Junior.
As primeiras boias de vidro foram idealizadas pelos noruegueses, por volta de 1840. Elas eram chamadas de “eggsized” e eram usadas para prender linhas de pesca com anzóis. Posteriormente, quando o uso das redes aumentou, os noruegueses passaram a produzir boias de tamanhos maiores, capazes de oferecer boa flutuação e sustentação.
Foram os japoneses que se encarregaram de espalhá-las pelo mundo. Este tipo de objeto entrou em desuso com a utilização do plástico, e se tornaram itens procurados por colecionadores e antiquários.
PMP-BS/Udesc
Todos os dias a equipe do PMP-BS/Udesc percorre a costa litorânea dos municípios de Imbituba e Laguna monitorando e fazendo uma espécie de “pente fino” das praias na procura de animais marinhos feridos ou mortos. Durante esse trabalho técnico, muitos objetos são encontrados nas praias. Além da fauna alvo do projeto e do lixo que se acumula nas praias, também aparecem este tipo de objetos que o tempo guardou e o mar devolveu.
O PMP-BS/Udesc é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
O projeto é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. A Udesc monitora o Trecho 1 compreendido entre Laguna e Imbituba, e recebe animais para reabilitação e necropsia do Trecho 2, compreendido entre Imbituba e Governador Celso Ramos. Caso alguém encontre algum animal marinho vivo ou morto, deve entrar em contato com o projeto pelo telefone 0800 642 3341.