Projeto de preservação do boto pescador receberá recursos de fundo do MPSC
Foto: Divulgação PML

Um projeto para a prevenção, fiscalização e preservação do boto pescador, desenvolvido pela Polícia Militar Ambiental de Laguna, receberá recursos do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O valor total do investimento é de R$ 1,2 milhão.  

A cena dos botos auxiliando o trabalho dos pescadores em Laguna é famosa e uma das mais belas e curiosas do litoral catarinense. Porém, os mesmos animais que encantam têm sido vítimas constantes de redes e pesca ilegais na região.

Entre 2016 e 2020, foram 20 mortes de botos pescadores causadas pelo uso indevido de redes de pesca de emalhe, geralmente usada para captura de peixe bagre. O projeto da Polícia Militar Ambiental busca reverter esse quadro.

Os botos da espécie Tursiops Truncatus (Gephyreus) são considerados patrimônio municipal de Laguna. Os animais vivem na região do complexo lagunar que é formado pelas lagoas Santo Antônio, Imaruí, Camacho e Mirim, há mais de 150 anos. 

A Polícia Militar Ambiental é a responsável pela fiscalização aquática do complexo lagunar, e realiza apreensões rotineiras das redes de emalhe na região do Rio Tubarão até a costa do Oceano Atlântico.  

O projeto apresentado e aprovado pelo Conselho Gestor do FRBL representará um importante reforço para tratar dessas ocorrências, com a aquisição de uma nova embarcação e duas motos aquáticas, com equipamentos, peças e acessórios, financiados com recursos do fundo.