Santa Catarina anuncia plano de contingência de prevenção à varíola dos macacos
Foto: Agência Brasil

Um plano de contingência para prevenir aumentos de casos de varíola dos macacos foi apresentado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina. Foram definidos três níveis de resposta, sendo que cada um é baseado na avaliação do risco de a doença afetar Santa Catarina e seu impacto para a saúde pública.

O primeiro nível corresponde a uma situação em que o risco é mais ameno, onde a resposta será feita por órgãos e instituições mais relacionados com a competência de detectar, investigar, manejar e notificar casos potencialmente suspeitos. No segundo nível, quando há confirmação de casos e o risco de epidemia é significativo, prevê-se a alocação de recursos adicionais e o apoio complementar da esfera estadual.

Enquanto no nível três, quando há transmissão local ou reconhecimento de declaração de emergência, a Secretaria da Saúde planeja atuar em duas fases imediatas: contenção e mitigação. É considerada transmissão comunitária quando não é mais possível identificar a origem da infecção.

O plano visa principalmente oferecer condições para identificação precoce da doença, evitando o alastramento nos públicos mais vulneráveis, que são crianças, gestantes e imunocomprometidos.

As ações de prevenção foram anunciadas pelo superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, na última sexta-feira (12). “Esse plano aponta para uma gestão harmoniosa com regras claras para cada esfera e construção de referências internas”, destacou.

Até o dia 12 de agosto foram notificados 208 casos suspeitos da doença em Santa Catarina, dos quais 22 foram confirmados, 40 foram descartados e 146 estão em investigação. A maior parte dos confirmados diz respeito a homens entre 25 a 50 anos de idade. Desse total, quatro casos precisaram ser hospitalizados, enquanto os demais tiveram atendimento ambulatorial, mantendo o isolamento domiciliar até a remissão total dos sintomas. Nenhuma morte foi registrada até o momento.

Para evitar o impacto que a demanda por atendimento de casos suspeitos da varíola possam causar na porta de entrada das unidades de saúde, haverá necessidade de planejamento de demanda, elaboração de fluxos, referência e contra referência para casos moderados ou graves.