Em meio aos ventos gelados e paisagens deslumbrantes da Serra Catarinense, São Joaquim vive um novo tempo. Conhecida nacionalmente pelas baixas temperaturas e pela força da produção de maçãs, a cidade agora mira no turismo como terceiro pilar do seu desenvolvimento econômico, ao lado da fruticultura e da vitivinicultura.
A estratégia é clara: transformar a fama conquistada pelo frio e pela neve em uma economia sustentável e diversificada, capaz de gerar renda durante todo o ano.
Prefeito de São Joaquim desde janeiro, José Teodoro do Amaral (PL), o Dorinho, tem conduzido pessoalmente ações para melhorar o acesso às áreas produtivas e turísticas. “Estrada boa, povo feliz”, diz ele, destacando que só em um dia percorreu 300 quilômetros de estradas de chão.
São Joaquim tem uma malha viária de impressionantes 2.500 quilômetros, essenciais para o escoamento da maior produção de maçãs do Brasil, responsável por 33% do volume nacional e 66% do catarinense.
Além das frutas, o turismo cresce com força. A cidade tem investido em infraestrutura urbana, como a revitalização do lago, iluminação cênica da igreja matriz e o projeto do “chão estrelado”, uma atração interativa pensada para encantar visitantes em todas as estações. A mídia espontânea gerada pela neve segue sendo um trunfo, mas o prefeito reconhece que o turista quer mais do que frio: quer experiências. Por isso, eventos como a Vindima de Altitude, o Cena Frute e o Tudo na Praça movimentam o centro da cidade com música, gastronomia e produtos locais.

Na área da vitivinicultura, a cidade já abriga mais de 28 vinícolas em seu entorno. O vinho de altitude é um símbolo regional, com selo de indicação geográfica. O mesmo ocorre com o mel de melato da bracatinga, produto antes ignorado, hoje valorizado internacionalmente por suas propriedades medicinais.
Pensando no futuro, o prefeito trabalha para aumentar a capacidade de hospedagem. Com média hoteleira sempre lotada em datas de frio, São Joaquim receberá novos investimentos, como um hotel com quase 500 leitos, da ProCave, e a retomada de operações do Parque Hotel, dobrando a oferta atual. O objetivo é acolher mais turistas sem sobrecarregar os moradores e sem perder o ritmo da produção agrícola.
A cereja do bolo? A Festa Nacional da Maçã, que voltará para sua data tradicional, entre o fim de abril e o início de maio, e será repensada para valorizar, de verdade, a estrela da cidade: a maçã. O evento terá atividades como o “colhe e pague”, em que o visitante poderá viver a experiência de colher o fruto direto do pomar.
São Joaquim quer ser exemplo de como o turismo pode se somar à agricultura e à indústria de forma inteligente. Com frio, sabor e hospitalidade, a cidade caminha para se tornar um dos destinos mais completos do Sul do Brasil.
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