A ameaça nuclear assusta a humanidade
Já estamos sentindo os efeitos do conflito armado provocado pela Rússia ao atacar a Ucrânia. Muito se diz, se escreve e se fala em relação a esta guerra que tem assustado muita gente. A Europa pós Segunda Grande Guerra ou Segunda Guerra Mundial ainda não foi acomodada ou não teve as fronteiras das nações distribuídas por etnias. Enquanto o lado Ocidental foi redesenhado a partir do final do conflito que já ultrapassa 60 anos, no Leste, onde os países ficaram fechados sob a “cortina de ferro” sob o manto da União Soviética, as divisões e redesenho das fronteiras têm cerca de 20 ou 30 anos.
Nem todos os processos são naturais quanto ao que levou a formação de duas repúblicas, a Tcheca e a Eslováquia. Há pouco tempo assistimos todos os horrores do esfacelamento da Iugoslávia, por exemplo, que originou diversas repúblicas, na chamada Guerra da Sérvia. Derivaram Montenegro, Kosovo, Sérvia, Bósnia Herzegovina, Croácia e Eslovênia. Os países às margens da fronteira da Federação Russa ainda sofrem os impactos da dissolução da União Soviética.
São sentidos ainda os efeitos da Guerra Fria, período que polarizou as nações entre a influência da URSS e dos EUA. Os norte-americanos trabalham para levar o Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em direção ao Leste. Sob esta ótica o presidente russo diz-se agredido. Ameaçado.
O governo russo fomenta a divisão das etnias que formam a Ucrânia, lembrando os episódios da Criméia e recentemente as duas repúblicas separatistas Donetsk e Luhansk, um país que herdou um poderio nuclear da extinta União Soviética e devolveu tudo sob a promessa de não ser agredido, atacado.
Nos cenários recentes é possível observar que duas democracias, onde presidentes são eleitos ou monarquias constitucionais, não entram em guerra uma contra a outra.
Este conflito armado mostra uma incapacidade tremenda das grandes potências militares e econômicas em debelar a crise. EUA, Inglaterra, França, entre outros, pouco podem fazer diante do poderio militar dos russos. Sanções econômicas que mais afetam países à distância do conflito, como é o caso do Brasil, que precisa de trigo, petróleo e adubos químicos vindos do Leste, tanto da Ucrânia, quanto da Bielorrússia e da Rússia.
O mundo inteiro está pagando mais caro pelos alimentos, insumos agrícolas e por combustíveis. Neste terceiro milênio perdeu quem apostava na civilização, na harmonia entre os povos e no bom senso para soluções de conflitos entre as nações. A barbárie e o verdadeiro e agressivo espírito humano ainda podem ser vistos sobre este planeta que nos abriga a todos.
O risco de um conflito nuclear, que ameaça a sobrevivência da humanidade, é uma constante, mesmo neste ano de 2022.