A festa da Democracia está agendada

Foto: TSE

Em pouco mais de 60 dias, a contar de hoje, no domingo dia 2 de outubro, todos os brasileiros maiores de 18 anos e com menos do que 70 anos devem ir às urnas. Os analfabetos, os maiores de 70 anos e os que tem entre 16 e 18 anos não estão obrigados a votar. Vamos escolher deputados estaduais (em Brasília os deputados distritais), deputados federais, um senador, governador e presidente da República. No caso de governador e presidente, um vice virá junto, eleito em chapa vinculada. São cinco votos que deverão ser digitados nas controversas urnas eletrônicas.

Em Santa Catarina, até hoje há definições de seis candidatos oficialmente lançados ao governo do Estado. Até o dia 5 de agosto este número pode ser ampliado. É possível perguntar se há tantas ideologias e espectros políticos que mereçam tantos candidatos? Quantos perfis de governos podem surgir nesta sociedade brasileira? Nem tantos, mas mesmo assim há uma inundação de candidatos. Todos têm direito à candidatura. O ideal seria uma disputa sem dinheiro público, que na verdade é “dinheiro do público”, arrancado em uma cobrança insana de impostos sobre consumo, em efeito cascata, exaurindo a capacidade financeira das famílias brasileiras. Quase R$ 6 bilhões serão entregues pelo Tesouro Nacional aos mais de 30 partidos políticos para que possa haver a festa da democracia no Brasil.

Concorrem ao cargo de governador, até aqui, o professor Alex Alano, do PSTU; o atual governador Carlos Moisés, do Republicanos; o advogado e professor Décio Lima, do PT; o atual senador Esperidião Amin, do Progressistas; o ex-prefeito de Florianópolis Gean Loureiro, do União Brasil; e do advogado Odair Tramontin, pelo Novo. Ainda entrarão na disputa o senador Jorginho Mello, pelo PL, o defensor público Ralf Zimmer, pelo PROS. O PTB já tem candidato ao Senado, mas não ao governo e o PDT pode ter candidato próprio.

Sem dúvida alguma, as candidaturas a governador provocarão dois efeitos nos partidos que lancem candidatos: a sigla terá mais recursos do Fundo Partidário e com um candidato puxando a fila, são maiores as chances de eleger bancadas maiores de deputados estaduais e federais. Jorginho Mello e Esperidião Amin, em caso de derrota nas urnas, mantém os mandatos de senador, para os quais foram eleitos em 2018. Gean Loureiro abriu mão de quase três anos de mandato de prefeito da capital em busca da eleição para o cargo de governador.

Algum leitor ou analista desavisado pode criticar o lançamento de tantas candidaturas ao posto de governador do Estado. Mas vamos voltar a 2018: Com oito candidatos a governador, quem imaginaria que o Comandante Carlos Moisés sairia vencedor na disputa contra o deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Estadual, Gelson Merísio (PSD), o deputado federal Mauro Mariani (MDB), e o deputado federal Décio Lima (PT)? Se Moisés não tivesse acreditado na possibilidade da eleição, o resultado das urnas teria sido outro. Então, pela regra atual podem ocorrer coligações para o cargo de governador, mas não para os postos de deputados estaduais e federais, as fichas começam a ser jogadas. Até o dia 5 de agosto, quem quiser ir às urnas precisa passar pelas convenções.

Importantes partidos brasileiros como MDB, PSDB, PDT, PTB, passam de protagonistas a coadjuvantes no cenário político nacional. Alguns desapareceram como o PSL, fenômeno das últimas eleições, PFL, Democratas, entre outros.