A empresa é familiar? Ou da família?
Sucessão familiar
Já escrevi muito sobre o assunto e notadamente as coisas têm mudado pouco parecendo ser algo cultural em nosso país.
As empresas familiares morrem cedo, não chegando à segunda geração. Pesquisas mostram que 88% dos empresários dão pouca importância e não estão abertos a mudanças.
Augusto Cury em seu livro, pais inteligentes formam sucessores e não herdeiros reflete muito bem como alguns fundadores de empresas se comportam quando o assunto é sucessão. Outro fator importante saber identificar quando um filho ou mais de um não deseja trabalhar na empresa do pai.
Com certeza não dará continuidade ao projeto familiar empresarial. O importante é saber preparar desde cedo, colocar o filho na função certa, por afinidade se possível. Sucessão não é herança! Alguns pais colocam seus filhos em função estratégica sem ao menos socializar o todo.
Vejo filhos querendo trabalhar na empresa da família e muitas vezes sendo discriminado tanto pela família como pelos funcionários. Também nada adiantará filhos se formando nas melhores faculdades e ao ingressar na empresa não poder colocar em prática seus conhecimentos. O mundo dos negócios é dinâmico tem necessidade de inovação, conhecer de planejamento, estratégias, mercado.
O melhor lugar para entender isso tudo é a empresa que já existe e tem uma cultura formada. Assim o sucessor tem histórico e poderá trazer soluções. Conheço empresas de cunho familiar onde os filhos assumem depois que seus pais partem para o plano espiritual, e na maioria dos casos é um desastre.
Defendo que a sucessão deve ser um projeto, onde quem entrega o bastão deve estar aberto e atento.
Quem receberá a empresa deverá estar pronto em todos os níveis.
Quem disse que um filho de 18 anos de idade não pode ser um futuro sucessor?
Pode se for bem preparado, e isso deve ter o aval cem por cento de todos os membros da família.
É um assunto muito delicado, deve ser tratado com normalidade, desde cedo.