A terceirização da gestão
No mundo corporativo de vez em quando surgem novos debates sobre gestão, novos conceitos, novos desafios.
A bola da vez é a chamada terceirização da gestão, seja a gestão do negócio, loja, setor, equipes, etc.
Desenvolvo trabalhos com equipes de líderes de empresas em vários segmentos.
Noto que o grande desafio têm sido como delegar sem terceirizar.
Algumas empresas crescem, criam departamentos, cargos, novos líderes; surge a necessidade de delegar, é nesta hora que a confusão se instala.
Primeiro é preciso entender que delegar não é abdicar, segundo que a responsabilidade será sempre de quem delega.
Por outro lado o delegado passa a ter poder com responsabilidades.
Quando o empresário delega aos seus líderes e os resultados não estão acontecendo, deverá agir, não deixando a coisa descambar. O mesmo quando um líder delega a sua equipe ou a um membro da equipe.
Vejo que quando a coisa complica começa a transferência de responsabilidade e procura-se culpados, configura-se a terceirização. O segredo é a empresa não terceirizar a gestão do NEGÓCIO, porque quando se delega setores, lojas ou unidades, não significa estar passando o negócio para a liderança.
Assim quando os indicadores começam ligar o sinal de alerta, a administração geral deve assumir o comando.
O mesmo quando acontece em algum setor de uma loja, por exemplo, o gestor deve assumir o setor com dificuldades assumindo o comando.
Acontece com freqüência um gestor de loja culpando chefes de setores ou até uma equipe inteira pelos maus resultados.
Olhando para a gestão do negócio, diretores transferindo o fracasso para seus líderes.
Uma MARCA, case no mercado com inovações na gestão de franquias; descobriu de forma tardia que estava transferindo aos franqueados a gestão do negócio e a coisa estava indo mal. Remodelou todos os processos, voltou a fazer o que sabe, e assumiu a gestão do negócio em parceria com seus investidores em lojas.
Por mais complexo que seja a regra é uma só:
Não terceirize a gestão.
Mello Jr
